domingo, 28 de novembro de 2010

TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE (TOC)

Aplicada ao sistema musculoesquelético
"Extracorporeal Shockwave Therapy = ESWT"

Durante a última Guerra Mundial, foi observado que marinheiros nadadores, os quais foram expostos à explosões de bombas, apresentavam-se intactos externamente, porém, em seus tecidos internos apareciam sinais de regeneração celular ou leve trauma, o que foi atribuído às ondas de choque propagadas dentro da água, desencadeadas por estas explosões. Assim, surgiu, rapidamente, o interesse pelos efeitos biológicos e uso médico destas ondas.
 
1971:1ª desintegração cálculo renal (Haeusler/Kiefer)
1986:1ª aplicação em osso de cobaias (Haupt)
1988:1º tratamento pseudoartrose em humano (Valchanov)
1992:1º tratamento tendinose calcárea ombro (Dahmen/Loew)
Tratamento Por Ondas de Choque Radial®
 ou Focal que o SwissDolorClast ®

um sistema eletrohidráulico
um sistema eletromagnético
um sistema piezoelétrico
As ondas de choque agem de diversas maneiras:
 
a)ação mecânica, causando formação de microbolhas que eclodem fragmentando a calcificação;
b)ação analgésica por intenso estímulo local, liberando enzimas locais que atuam na fisiologia da dor;
c)ação vascular, provocando microvasos que melhoram a irrigação e oxigenação local e conseqüente reabsorção dos depósitos calcáreos ou cicatrização tecidual.
A TOC é um tratamento reconhecido pela Comunidade Médica Européia e aprovado pelo FDA (Estados Unidos) e vem sendo divulgada pela International Society for Musculoskeletal Shockwave Therapy (ISMST).

As indicações ortopédicas da TOC são:
 
calcificações em tendões nos ombros;
epicondilites do cotovelo (Tennis elbow);
fasceíte plantar nos pés (“esporão do calcâneo”);
pseudoartroses (fraturas que não consolidaram após um período de 6 meses);
bursite trocanteriana.
Como contra-indicações, temos:
 
tumores musculoesqueléticos;
infecções no local (abscesso);
distúrbios da coagulação sangüínea;
nos ossos em crescimento (nas fises).
A Sociedade Brasileira de Terapia por Ondas de Choque (SBTOC) e a ISMST, recomendam o tratamento convencional dessas patologias, por exemplo: medicamentos, fisioterapia, palmilhas, aparelhos de imobilização, conforme o caso; e, geralmente, após um período de 6 meses, sem obter resultado satisfatório, é que utilizam a TOC. Assim, tem-se evitado uma série de cirurgias desde que se iniciou com a TOC.
Em geral, são recomendadas até 3 aplicações, com intervalo mínimo de 3 semanas, porém, existem casos (40-50%) em que uma única aplicação resolve o problema. Alguns pacientes conseguem alívio imediato e por definitivo, enquanto outros devem aguardar até 6 ou 12 semanas pelo resultado final, pois dependerá da capacidade individual de cicatrização e do estágio de evolução da doença. Os procedimentos são realizados ambulatorialmente e, em média, demoram entre 20 a 40 minutos. Não é necessária nenhuma preparação especial. Apenas se utiliza anestesia por sedação ou anestesia local por infiltração nos casos de dor aguda ou de alta sensibilidade à dor (5 %).
Autores:
Dr. Bernard Fabio Meyer
Dr. Mauro Meyer 

Postado por Eveline Dias.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

QUAIS SÃO AS FORMAS MAIS COMUNS DE TOC?

As obsessões mais comuns são as relacionadas com sujeira e/ou contaminação seguidas de compulsões ou rituais de lavagens (das mãos ou do corpo, das roupas) e da necessidade de evitar tocar em objetos ou pessoas, ou andar em lugares considerados contaminados. Também são comuns pensamentos relacionados com agressão, sexo impróprio ou blasfêmias; medos absurdos de que possa acontecer algo de ruim para si ou seus familiares; dúvidas quanto a melhor decisão; preocupações exageradas com exatidão, perfeccionismo, simetria, alinhamento, e lentidão para executar as tarefas do dia-a-dia. As compulsões mais comuns são a necessidade de lavar repetidamente as mãos, as roupas, o corpo; evitar o contato com objetos considerados contaminados, como por exemplo, trincos de portas, bolsas, roupas, corrimãos de escadarias ou ônibus, assentos de banheiros públicos, não usar toalhas dos demais membros da casa, não sentar em bancos de praças; verificar repetidamente portas, janelas, torneiras, gás, interruptores, aparelhos elétricos; realizar contagens, repetir números ou palavras mentalmente; repetir atos, toques, gestos. Alguns pacientes são também extremamente lentos, geralmente em função das dúvidas antes de tomar decisões ou das compulsões mentais. Na maioria das vezes, existem diversos tipos de sintomas simultaneamente.
Existem transtornos relacionados ao TOC, cujos sintomas lembram compulsões ou mesmo obsessões, e que é interessante distinguir pois, em geral, o tratamento é diferente. Alguns deles são mencionados a seguir:
Tricotilomania - consiste na compulsão por arrancar os próprios cabelos de maneira recorrente. Em geral o ato de arrancar cabelos não é precedido por um desconforto físico, ou malestar um pouco diferente das obsessões que precedem as compulsões do TOC. Pode ser tratada por uma terapia comportamental específica que inclui a chamada de reversão de hábitos e, eventualmente, responde aos mesmos medicamentos utilizados no TOC.
Tiques -  movimentos ou vocalizações súbitas, rápidas, recorrentes, não rítmicas e estereotipadas em resposta a sensações subjetivas de desconforto, como exemplo, piscar os olhos, mostrar a língua, pigarrear, fungar. Geralmente são involuntários e a pessoa tem pouco controle sobre eles. É comum a presença de tiques em portadores de TOC e, em geral, não repondem à terapia cognitivo-comportamental.
Transtorno de Tourette é um transtorno neurológico caracterizado por tiques motores e vocais simultaneamente. Não apresenta uma boa resposta à terapia cognitivo-comportamental e, muitas vezes, há necessidade de ministrar ao paciente um medicamento da classe dos neurolépticos. Em geral, o TOC associado a Tiques ou Tourette é anterior à adolescência e mais comum em meninos.
Hipocondria - preocupação exagerada com doenças; o paciente, muitas vezes, acredita que é portador de uma doença grave (AIDS, câncer), sem que haja evidências. Pode responder à terapia cognitivo-comportamental e aos mesmos medicamentos que são utilizados no TOC.

Transtorno Obsessivo compulsivo acontece também em crianças

O Transtorno obsessivo-compulsivo é a combinação de obsessões e compulsões que nada mais é do que a repetição de atos, rituais, atividades e pensamentos recorrentes e insistentes que se caracterizam por serem desagradáveis, repulsivos e contrários à índole do paciente.
O quadro clínico do transtorno obsessivo-compulsivo na infância ou na adolescência é bastante semelhante ao do adulto, contudo existem algumas características que diferem do infantil valendo a pena fazer um estudo em separado do assunto.
Inciando-se geralmente na infância crianças tentam ocultar seus sintomas, assim como os adultos. É diagnosticado através de um diálogo entre a criança e alguém em quem ela confie e assim não será difícil fazer o diagnóstico. O tratamento precoce minimiza muito o prejuízo causado pelo “TOC” (Transtorno Obsessivo-compulsivo) que prejudica principalmente na educação e na área de relacionamentos.
Este transtorno leva o indivíduo a realizar atos, rituais, pensamentos e atividades que não consegue evitar realizar e quando não realizados, o paciente passa por sintomas físicos tais como, palpitações, tremores, suor excessivo e uma aflição brutal achando que poderá acontecer algo de ruim para si ou para outras pessoas podendo levá-lo a um quadro de depressão.
Na infância o quadro clínico do transtorno é bem semelhante ao do adulto e assim como o adulto, as crianças tentam ocultar os sintomas. Além de prejudicar a educação e o relacionamento das amizades pode se tornar uma doença crônica e limitante.
A criança portadora deste transtorno é presa à seus próprios pensamentos que chamamos de obsessão e repetições de gestos que são as compulsões. Estes pensamentos continuados geram angústia e ansiedade e as ações compulsivas são uma tentativa de controlá-los. Olhar-se no espelho repetidas vezes, por exemplo, tem o objetivo trazido pelo pensamento obsessivo de estar sempre gordo ou magro demais. O paciente quando se olha no espelho passa a angustia temporariamente e logo surge o pensamento novamente, desencadeando novamente as compulsões.

Sintomas:
  • Qualquer ritual diário de higiene, repetitivo e exagerado.
    • Lavar as mãos
    • Escovar dentes
    • Tomar banho
  • Repetição de ações.
    • Escrever a mesma palavra ou texto.
    • Ler a mesma revista, jornal ou livro.
  • Checagens compulsivas.
    • Tarefa escolar.
    • Arrumação de brinquedos.
  • Contagem
    • Contar as lâminas de uma persiana várias vezes.
  • Simetria
    • Na arrumação de armários.
    • Na arrumação de brinquedos.

Normalmente, essas manias obsessivas consomem muito tempo, gerando angústia e ansiedade tanto para a criança quanto para seus familiares.
Tratamento
Ao observar os sintomas citados acima se deve procurar a orientação de profissionais qualificados, que trabalham com crianças, para fazer o diagnóstico, pois na maioria das vezes, a criança não tomará iniciativa de queixar-se dos sintomas obsessivos compulsivos. O profissional deverá recomendar psicoterapia acompanhada ou não de uso de medicamentos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

COMORBIDADES

 Pacientes com TOC possuem alto risco de ter comorbidades como depressão maior e outros transtornos ansiosos: Depressão Maior (31%), fobia social (11%), transtorno alimentar (8%), abuso/dependência de álcool (8%), fobia específica (7%), transtorno do pânico (6%)e Síndrome de Tourette (5%)(Rasmussen e Eisen,1992). 
      Em outro estudo foi verificado que sintomas obsessivo-compulsivos são muito comuns em diversos transtornos: depressão(11%), esquizofrenia (10%) , estresse pós-traumático, dismorfofobia, transtornos da alimentação, hipocondria, etc. Podem ainda fazer parte do quadro de autismo em adultos(McDougle,1995). Isto significa que eles tanto podem estar presentes em transtornos do espectro obsessivo-compulsivo, como podem fazer parte de quadros distintos (ZOHAR, 1995).

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

 Obsessões e compulsões podem ser sintomas de diferentes transtornos mentais, como por exemplo transtornos do comportamento alimentar (obsessões envolvendo comida), na dismorfofobia (preocupação com partes do corpo, com a aparência), de doenças físicas (Coréia de Sydenham, febre reumática) e até mesmo efeitos de alguns medicamentos. Por este motivo deve haver por parte do clínico uma preocupação em descartar estas outras condições. O DSM IV exige que tanto as obsessões como as compulsões não sejam restritas ao outro transtorno quando ele estiver presente. Pode entretanto haver comorbidade: presença simultânea de dois transtornos distintos (depressão maior e TOC, etc.), que exigirá certos cuidados no estabelecimento do tratamento, de forma a atingir as duas condições e não agravá-las.
     Deve ser lembrado ainda que o comportamento evitativo é muito comum no TOC, e em razão deste motivo eventualmente pode ser confundido com uma das diversas fobias (nas quais a preocupação com o estímulo fóbico pode assumir as proporções de uma verdadeira obsessão). Como regra a presença de compulsões torna o diagnóstico de TOC mais provável, a sua ausência menos provável. 
CONDIÇÕES EM RELAÇÃO ÀS QUAIS DEVE SER FEITO O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
a) FOBIAS 
     * Não ocorrem obsessões e compulsões: não há pensamentos invasivos persistentes. Entretanto pode haver hipervigilância e uma preocupação exagerada com a exposição em situações nas quais há um aumento das chances de contato;
      * Nas fobias a ansiedade está ligada a uma situação externa, controlada pela evitação e surge sempre e apenas quando o indivíduo é exposto à ela, ou antecipa que irá entrar em contato);
      * A evitação do obsessivo é conseqüência de uma obsessão (por exemplo, não toca em objetos que considera contaminados). Em geral há uma crença associada: avaliação exagerada do risco ou da responsabilidade, necessidade de ter certeza, o que não se verifica nos fóbicos. Neles o contato gera de forma aparentemente automática o medo e a sensação de pânico. 
b) PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA: 
      * Os comportamento no TPOC se constituem em hábitos rígidos, eventualmente estereotipados. Entretanto não são acompanhados de sofrimento e nem executados em função de alguma obsessão que queiram neutralizar. Sua modificação ou quebra (p.ex. chegar atrasado a um compromisso) é que provoca ansiedade. Em certo grau podem até ser adaptativos.
      * As compulsões são ego-distônicas no TOC : realizadas em função da aflição que querem neutralizar, e na maioria das vezes o indivíduo não consegue resistir a elas;
      
* Características do TPOC: ordem, asseio, rigidez, perfeccionismo, meticulosidade, mesquinhez;
      * Não existem rituais que aliviam tais características. Ao contrário: o indivíduo deseja mantê-las.
      * Alguns pacientes portadores do TOC partilham de algumas distorções cognitivas que também podem ocorrer nos portadores de TPOC: perfeccionismo, necessidade de ter controle e certeza, senso exagerado de responsabilidade entre outras;
      * Em geral não são incapacitantes como no TOC. 
c) DEPRESSÃO MAIOR:
      * Os indivíduos com TOC, freqüentemente tem depressão como comorbidade;
      * Na depressão existem ruminações obsessivas em 30% dos casos, mas acompanhadas de humor triste, anedonia, etc.;
     * Não ocorrem rituais;
     * O surgimento de depressão no curso do TOC é comum. 
d) PÂNICO: 
      * 60% dos pacientes com TOC apresentam ataques de ansiedade que podem assumir as características de um ataque de pânico;
      * Tais ataques são secundários aos medos obsessivos (por exemplo depois de tocar objetos considerados contaminados);
      * Na doença do pânico os ataques são espontâneos e os rituais são raros;
      * Em ambas as condições podem ocorrer comportamentos evitativos: nas fobias tais comportamentos estão relacionados aos medos de ter os ataques, e são relacionados com situações nas quais a pessoa imagina que possa ter os ataques. No TOC o comportamento evitativo usualmente está relacionado com as obsessões: seu controle e neutralização. 
e) ANSIEDADE GENERALIZADA: 
      
* Cognições de conteúdo ansioso tem alguma base realística para o paciente, na ansiedade generalizada, e geralmente muito exageradas e sem sentido no TOC. No TAG o sintoma mais comum é a apreensão inespecífica, enquanto que no TOC o paciente geralmente tem um tema preferencial: sujeira, contaminação, etc.
      * Raramente desenvolvem rituais. 
f) HIPOCONDRIA: 
* Muitos pacientes tem como sintoma principal medo de doença (AIDS, câncer) e rituais de verificação que são indistinguíveis do TOC;
* Medo de doença consta como uma obsessão na Y-BOCS check list;
* Para alguns autores os hipocondríacos são verdadeiros portadores de TOC (ou pelo menos do espectro obsessivo-compulsivo). 
g) Transtorno de Gilles de la TOURETTE: 
      *Os pacientes com Tourette apresentam tiques, necessidade de tocar, e muitas vezes, pensamentos intensos e fixos em sexo, agressões, fezes e coprolalia;
      * Compulsões de simetria, de tocar em objetos são comuns;
      * Muitas vezes é difícil distinguir as duas condições, principalmente quando são múltiplos tiques, acompanhados de compulsões.
      * Para muitos autores a SGT faz parte do espectro do TOC. 
h) DISTÚRBIO DE HÁBITOS E IMPULSOS:
     * Jogo compulsivo;
     * Comprar compulsivo;
     * Tricotilomania;
     * Cleptomania;
      Embora alguns autores não façam distinção entre TOC e estas condições, tanto o DSM IV quanto A CID X as consideram condições distintas. 
i) TRANSTORNOS DA PREFERÊNCIA SEXUAL (Parafilias) 
      Embora em alguns aspectos se pareçam com um comportamento compulsivo, por serem repetitivas, e pelo tempo ocupado pela mente com determinadas fantasias, são usualmente associadas ao prazer, o que as exclui do conceito de TOC, pelas duas classificações. Da mesma forma o assim chamado sexo compulsivo, e dependência a substâncias químicas ou álcool. 
j) TRANSTORNOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR 
      Tem em comum o paciente (usualmente a paciente) dedicar boa parte do seu tempo ou centrar suas preocupações em torno da comida. Os demais sintomas fazem a diferença 
k) STRESS PÓS-TRAUMÁTICO: 
      Tem em comum com o TOC lembranças, imagens, pensamentos repetitivos ligados a uma situação traumática. Entretanto apresentam uma série de outros sintomas que não ocorrem no TOC: pesadelos, sonhos repteitivos, fobia a uma situação, lugar, ou pessoa, hipervigilância, hipersensibilidade a estímulos etc. desencadeados a partir da exposição a um estressor no qual a vida do paciente correu perigo ou assistiu a uma situação na qual a vida de outra pessoa correu perigo.
l) PSICOSES:
      * A perda do juízo de realidade em alguns pacientes com TOC pode fazer pensar em psicose. Discute-se se obsessões muito intensas e sem críticas não se constituem em verdadeiras idéias delirantes.
Esquizofrenia: no início pode ocorrer sintomas obsessivos. O pensamento do esquizofrênico é bizarro. Os obsessivo-compulsivos mantém consciência (crítica) e o contato com a realidade. Em geral não são isolados socialmente. Podem ocorrer episódios transitórios de psicose no curso do TOC. 
m) DOENÇAS DO ESPECTRO OBSESSIVO-COMPULSIVO: 
Discute-se a relação de uma série de condições com o TOC:
     * dismorfofobia
     * hipocondria
     * distúrbio delirante monossintomático
     * tricotilomania
     * onicofagia
     * transtorno do comportamento do alimentar.
     Muitos destes quadros respondem aos ISRS e à TCC, o que faz pensar que poderiam ter uma mesma etiopatogenia. Se são quadros distintos ou não , são questões ainda em aberto. 

COMENTÁRIOS...

Usualmente não é difícil identificar uma obsessão, pelo seu caráter intrusivo, repetitivo, involuntário, pelos temas comuns e pela aflição associada. Da mesma forma os rituais ou compulsões são fáceis de serem identificados pelo seu caráter estranho e repetitivo. Mas boa parte da população desconhece que são manifestações de um transtorno e na verdade envergonham-se do que consideram uma fraqueza, além do sofrimento que o transtorno lhes impõe. Os profissionais da área da saúde têm um importante papel de esclarecimento ainda mais que a maioria dos pacientes respondem favoravelmente aos tratamentos disponíveis e de forma bastante rápida. Sem tal auxílio muitos pacientes podem se tornar indivíduos incapacitados ou terem seu desempenho comprometido, acarretando além disso um enorme prejuízo às famílias que necessitam fazer acomodações aos seus sintomas.

Quando suspeitar ser um portador de TOC?

Caso você responda positivamente a alguma das questões seguintes é provável que seja portador do TOC: 
* Sua mente é invadida por pensamentos, impulsos, palavras, frases, música, ou imagens que não deseja, que o incomodam e não consegue afastar ?
* Preocupa-se demais com germes, contaminação, sujeira, ou doenças?
* Preocupa-se demasiadamente em ter certeza ou fazer as coisas de forma absolutamente perfeita, tendo por isso sempre muitas dúvidas, e a necessidade de repetí-las?
* Necessita lavar as mãos repetidamente ou de forma excessiva ?
* Tem necessidade de tomar vários banhos ao dia por se sentir sujo, contaminado ou por sentir culpa por algo que considera ter feito de errado ou imoral?
* Verifica portas, fogão, janelas, gás, torneiras, eletro-domésticos ou outras coisas de forma excessiva?
*Necessita fazer coisas de forma repetida e sem sentido (tocar, contar, repetir números, palavras ou frases?
*Preocupa-se demais em que as coisas estejam simétricas, perfeitas, organizadas ou alinhadas?

Caso você responda positivamente a uma ou mais destas perguntas é possível que você seja portador de TOC. Comente isso com seu médico.